sábado, 29 de outubro de 2016

Ser mãe de gato é:



Passar o sábado todo assim, nessa paz, nesse conforto. É esperar todos os dias pelo nosso final de semana sagrado, onde acordamos cedo, comemos e voltamos para cama, todos juntos, enrolados nas cobertas, com as janelas fechadas, até três da tarde.

Ser mãe de gato é ficar puta da vida quando não fazem  sujeira dentro da caixa de areia, quando roubam comida em cima da pia ou quando derrubam tudo por onde passam.

Ser mãe de gato é sorrir a cada noite, ao deitar na cama, e ver aquelas bolas de pelo indo deitar junto de você. Ser mãe de gato é ir trabalhar e notar, no meio de uma reunião, que sua roupa está cheia de pelo e todo mundo te olhando com cara de "que louca".

Ser mãe de gato é ter alguém para conversar e receber miau de resposta. É ter companhia para ir no banheiro, pra ir na varanda fumar ou simplesmente se espatifar no tapete da sala para ler. Ser mãe de gato é ter canção de ninar; ronronar e massagem.


Ser mãe de gato é ter os melhores e mais gostosos filhos; tem pelinhos, tem ronronar, tem carinho, tem amor.

Aos meus queridos Lulu (que ta gravidinha *-*), Bolão e Quinho.

Em homenagem ao Chico, que virou estrelinha esse ano; o gato mais lindo do mundo. Meu eterno companheiro.

Em Homenagem à Chica, Marcela e Athena, que foram roubadas.



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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Bukowski, escrever e dom.



-  Você aconselharia alguém a ser escritor? - me perguntou um estudante.
- Tá querendo me gozar? - retruquei.
- Não, não, falo sério. Aconselharia, como carreira?
- Escritor já nasce feito, não é concelho que vai resolver.

Bukowski sendo Bukowski ....

Como se escrever fosse profissão ... Ah! Pena de quem pensa assim. Ser escritor vai muito mais além de saber conjugar verbos e saber palavras bonitas; ser escritor é nascer com o dom. Ser escritor é saber dançar com com as letras, casar palavras com a imaginação. Não é assim "quero ser escritor" e BUM! Tornei-me escritor.

Você pode até tentar e pode ter aqueles poemas de 5ª série, ou então aquelas crônicas que parece mais redação de volta às aulas. Você pode tentar, mas não vai conquistar o coração de um verdadeiro fã de palavras.

Enfim, escrever é um dom. E que dom maravilhoso!


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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Eu e minha Vênus em Virgem.

Não é a toa que estou sem relacionamento sério há 4 anos. Levando em consideração que eu tenho apenas 23 anos, vocês podem imaginar que eu sou uma pessoa baladeira, que curte muito, mas não. Sou de "boas". E mesmo assim, sozinha há 4 anos.

Não que eu ligue pra isso, nem sempre é bom, claro, mas melhor do que estar com qualquer pessoa. Mas a minha Vênus em Virgem me deixa crítica demais. E ela que me influencia a continuar nessa busca de perfeição, que é claro, eu sei que não existe. Ter a Vênus em Virgem é se apaixonar com lógica. Não, não me entrego fácil ou a amores desenfreados. Não falo eu te amo a qualquer um, tem que ser A PESSOA.

Uma das coisas que mais me deixa louca, não basta ser crítica, tem que ser Libriana. Toda hora tem um no pé, mas, minha Vênus me faz enjoar facilmente. É instantâneo. Alguma coisa saiu fora do meu agrado? Pronto, não sinto mais nada. Tá vendo que não é fácil, né?

Na verdade, no fundo, sou uma romântica à moda antiga; andar de mãos dadas, receber flores, sair para jantar, cinema, teatro... Eu gosto disso mas não se acha por aí. Até tem, mas a química não bateu muito bem. Era um Canceriano, dos olhos verdes, calmo, romântico. Olhos verdes me perseguem, meu pai amado. Aquele cara que leva a mãe na igreja todo sábado, sabe? Típico pra casar mesmo. Na lógica, seria um par perfeito. Mas cadê a loucura? Não tem. É tudo muito calmo e pacato ao lado dele.

Mas aí é que tá, minha perseguição a olhos verdes me trouxe um Capricorniano. daqueles que é questionador de tudo e a loucura é seu segundo nome, ou tavel, seja até o primeiro. As ideias, os debates, os cigarros e BINGO! Havia e ainda há uma grande conexão. Mas, Capricas nem sempre são o sinônimo de romantismo e às vezes penso em desistir. Mas, minha Vênus em Virgem fala mais alto; "vai pela lógica, menina, conexões mentais são raras". E está sendo desafiador, confesso, mas olha eu de novo, sentindo o que há muito tempo não sentia, descobrindo sensações. Querendo gritar ao mundo que eu escolhi você.

Escolhi você pelo que é, e também pelo que sou quando estou com você. Você desperta o melhor em mim, meus melhores sorrisos, maiores risos, minhas loucuras guardadas lá no fundo da alma. Hoje eu quero ser melhor, para você se orgulhar de mim. E eu sei que você não dá a mínima pra isso, e eu nem levo em consideração também, mas temos tanto a debater ainda. Você diz que a gente ainda vai botar fogo no mundo, eu quero abraçar você e você quer abraçar o Universo. É claro que estrei ao seu lado, vamos conquistar as galáxias, baby.

Perdoa minha Vênus em Virgem e minha ascendência em Áries, eu não sou tão chata, apenas preciso das nossas loucuras para poder me libertar do muro construído ao longo do tempo. Sei que é você, pois foi o único a escalar o muro. Foi o único a desvendar o misterioso mundo da menina que sorri com os olhos.

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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Poetizando às Quartas com Alexandre Rocha

 A solidão 


Ela vai te ensinar a crescer
Ela vai te ensinar a evoluir 
Te mostrará o caminho que você deve seguir

Será durona e impiedosa  com você
Terás uma luz no fim do túnel e conseguiras partir
E verás que com ela,vai se sentir feliz e renovado 
As ruas testemunhará o bem, que ela te fez

A luz Divina vai te inspirar 
Que eles comecem a rezar 
Grite bem alto e faça eles escutar 


Você têm um novo caminho para conquistar 
E não há nada, que eles podem fazer para mudar 
Agora você está no Paraíso
E te lá você vai ouvir o barulho dos seus inimigos


Então,fique comigo,
Quero ouvir as sirenes dos derrotados
E os flagelos dos amargurados 


Obrigado por não partir
Agora me sinto muito mais feliz
E consigo dormir em paz 
E agora eu entendo, que quando você vai embora,
a falta que você me faz

ALEXANDRE ROCHA 



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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Novidades!

Bom dia meus amores! Como vocês estão? Aproveitaram o final de semana? Pois eu dei uma escapadinha, fui dar uma respirada em ares mais calmos e frescos. Tava precisando muito, TPM é algo que me tira do sério, affe.

Bom, aqui no Blog já temos a participação do nosso parceiro Alexandre Rocha, com o Poetizando às Quartas, trazendo seus poemas. A novidade é que vamos ter mais um parceiro! Meu amigo querido, Fábio Pistelli, estudante de Direito e cronista, que, assim como eu, ama um debate, principalmente sobre assuntos polêmicos. Ele irá ter uma coluna fixa no blog e seu primeiro texto vamos subir ainda essa semana, porém vamos decidir ainda qual dia ta semana será a coluna. 


Mais tarde passo pra deixar vocês avisado ♥


E ainda mais tarde, vai ter outra novidade, mas essa ainda é surpresa! 




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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Polêmica do dia: Cotas.

Essa semana me deparei com uma imagem no Facebook que me deixou pensativa; uma pintura de quatro a cinco (não me lembro ao certo) negros. Dois ao centro, escravos; maltrapilhos, renegados. Os das pontas, negros iguais, vestidos e com cordas e chicotes nas mãos. Não que eu seja uma pessoa que goste muito de história, embora seja preciso estudá-la para não tornar-se uma pessoa de ideias vazias, procurei saber do que se tratava. Escravos e "caçadores de escravos". Logo a baixo da pintura havia a seguinte frase: "Você é descendente de negros escravos ou de negros que caçavam escravos? Você é descendente de brancos que não tinham escravos, a grande maioria por sinal, pois um escravo custava muito dinheiro, ou de brancos que tinham escravos?" Já parou pra pensar que, nesse nosso país a miscigenação é tão grande e forte que você jamais saberia sem uma pesquisa bem profunda de onde tu veio?

Cota racial, hipocrisia gritante. Cota de gênero, outra idiotice. A única coisa que nos impede de nos dedicar mais é a falta de recursos e mesmo assim, tem gente que faz milagres! Então quer dizer que todo negro é pobre e favelado? Que eu saiba tem muita gente branca que mora na favela ou até mesmo nas ruas e nem por isso há uma cota para essas pessoas. É justo? Não é!

Quais são as pessoas que mais tem chances de ter uma oportunidade de estudo de qualidade? Pessoas que tem uma condição financeira melhor. Escolas particulares, cursos extensivos e toda preparação necessária. Então, você acha que o sistema de cotas é necessariamente justo? Eu não acho.

As cotas foram criadas para dar oportunidades a quem geralmente, não tem as mesmas oportunidades. Vendo por esse lado, as cotas deveriam ser para pessoas com poucas condições de manter seus estudos, comprovadamente. É simples. É o que precisamos! Parar de dramatizar pessoas por sua cor e dar oportunidades a todos! 

KAENA STAHL 



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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Poetizando às Quartas com Alexandre Rocha

Adeus Borboleta


O lugar que você nasceu é uma 
das obras primas da divindade 
As montanhas verdes que dá ar  para vida 
Cachoeiras que refresca a alma 
Onde a vida e arte se mistura, a genialidade humana, onde tudo começou,
E você ?
Porque deixou o orgulho e preconceito 
assolar o seu coração.
Coração de carne que virou pedra,
Com a pedra a ingratidão 
E o que aconteceu ?
Pedaços de mim se espalharam no chão 
e juntaram tudo ficou o pó e do pó a solidão 
As rosas murcharam 
A paixão acabou 
Mas minhas palavras sempre tiveram amor 

ALEXANDRE ROCHA 



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sábado, 15 de outubro de 2016

Eram duas da tarde quando comecei a escrever.

Sábado, duas horas da tarde; mas parecia finzinho de tarde, pois o tempo fechou de uma hora para outra. Uma ventania de dar gosto e eu, só de pirraça, fui pra varanda enfrentar o vento. Meu cabelo e o vestido esvoaçavam, dançando no ritmo da força da natureza. Em questão de segundos despencou água do céu, de maneira que não dava mais para ver a cidade ao fundo.

Ahhh! Que tempo perfeito! Coloquei os gatos para dentro, fechei a casa e fui para minha mesa na cozinha; nada melhor que escrever olhando para a larga janela, vendo a chuva cair. Aqui, por ser alto, o vento assovia quando passa pela janela, dá uma sensação melancólica, mas boa.

Fiquei pensando na vida, na faculdade que fechei matrícula, nas responsabilidades e em tudo que me transformei. Já não era mais aquela menina que sonhava, até porque, a maioria dos meus sonhos eu consegui realizar; dentro do meu entendimento.

Sonhava em morar em um apartamento, com uma varandinha e ali, seria meu lugarzinho para inspirações; ter um gato, uma cafeteira. Não mudou muito, moro em uma puta casa grande, com uma varanda enorme; tive sete gatos, agora só três. Minha cafeteira é simples, mas faz um café com muito amor. Porém, morar só não é tão glorioso quanto eu imaginava quando criança ... há momentos e momentos ....

Partindo pelo lado dos prós, depois de algum tempo morando sozinha, a fornicação cessa. Sim, quem mora só, a primeira momento, transforma sua casa em um antro de putaria. Sem clichês; festas, churrascos, bebidas, e muitas pessoas. Acordei um dia com uma pessoa na minha cama e parei pra pensar; que diabos eu estava fazendo? Tive nojo. 

Aí vem a fase do auto conhecimento, meio que obrigatório; você passa tanto tempo com você mesmo que começa a se conhecer plenamente. Cheguei a conclusão de que eu estava a tanto tempo sozinha, sem relacionamento, porque eu simplesmente não suporto contato humano. Tá, deixa eu explicar. Não sou um bicho do mato, mas não vejo nada de interessante em uma pessoa que não sabe conversar.

Pessoas interessantes tem seus mistérios, sabem conversar de tudo um pouco e quando surge um assunto que não sabem, fazem questão de pedir para ouvir mais. Pessoas interessantes não ligam de sentar em um boteco qualquer, beber uma cerveja barata, só para ter o prazer de ver a sua volta. Pessoas interessantes são raras. É que nem aquele texto da Tati Bernardi, que diz que as pessoas interessantes estão em casa. Tá, mas o que fazemos para conhecê-las? Não sei. 

Algumas pessoas apostam em redes sociais e eu mesma já apostei muito nisso. Conheci várias pessoas, amei alguns por semanas, por meses, alguns por apenas um dia. Em redes sociais é muito fácil pintar um perfil legal, difícil é manter. Mas agora não uso mais, até porque preciso parar com a mania libriana de colecionar pessoas. Sim, sou libriana nata, mas é algo perturbador, não sei escolher, então porque não experimentar alguns? hahaha

Ultimamente tenho preferido pessoas de algumas quilometragens a mais, que é para não ter encheção de saco; mas quando a carência bate? O que fazer? Suspirar fundo e continuar agarrada ao cobertor, né, quem mandou ser complexa? Libriana com ascendente em Áries e lua em Peixes. Quem mandou nascer naquela hora? Não que isso importe, levo comigo um pensamento que diz assim: cada um é cada um e uma pessoa se transforma a cada ideia que lhe é colocada na cabeça. 

Mas enfim, parou de chover, ainda tá ventando muito. Vou contemplar o céu cinza e fumar na varanda. O gato branco ta lá já. Miando, como se estivesse a desafiar o invisível. Amo.







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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Fabulário Geral do Delírio Cotidiano - Bukowski. (Trecho)

"... e foi então que percebi que não tinha escapatória. Sempre haveria coisa que precisava ser feita, senão te riscavam do mapa."

Fabulário Geral do Delírio Cotidiano - Bukowski. (Trecho)

"Qual que se ia escolher? E por qual seria escolhido? Que importância tinha? Era tudo tão triste. E depois que as escolhas estavam feitas, jamais dava certo, pra ninguém, por mais que afirmassem o contrário."

Fabulário Geral do Delírio Cotidiano - Bukowski. (Trecho)

"Cada vez que bebia um gole, o poema seguinte soava melhor - para mim. Seja lá como for, estudante universitário até que é legal. Só faz questão de um troço - que não se minta deliberadamente para ele. Acho justo."

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Fabulário Geral do Delírio Cotidiano - Bukowski. (Trecho)

- ... é porque são uns infelizes e todo mundo que se sente infeliz sai por aí machucando o que vem pela frente.
- Não tem ninguém que seja feliz?
- Muita gente finge que é.

- Por quê, heim?
- Porque sentem vergonha e medo e não têm coragem de confessar.

Diálogo entre Duke e Lala.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Poetizando às Quartas com Alexandre Rocha

 E agora ?


Meus olhos não cruza com os seus 
Minha boca não fala com a sua 
Meu olfato não consegui sentir o seu perfume 
Mas a dor da minha alma, sentiu o desprezo da sua indiferença 
Foi voar para as incertezas erradas e futuros incertos
Se algum dia perguntar para o amor, porque a deixou ?
Antes pergunte para o seu rancor, onde tudo começou. 

Alexandre Rocha 






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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Poetizando às Quartas (só que quinta, hoje, por conta de um errinho ontem)

Estações

Que o Inverno congele a sua indiferença 
Que o Verão aqueça seu coração
Que o Outono mate sua solidão 
E que a Primavera ressuscite a sua paixão  


Meu muito obrigado mais uma vez, fica com Deus 
Qualquer coisa me comunique.
Um abraço

ALEXANDRE ROCHA



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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Vomitando analogias

Enquanto o último carro ia passando pela avenida e o último comércio ia fechando suas portas com seus funcionários cantarolando, lá estava eu, deitada na poltrona, fumando meu cigarro. A fumaça passava pela luz do poste e deixava um efeito melodramático, só pra combinar com a dor da alma.

A dor que eu carregava nos ombros estava forte demais, não estava mais suportando o peso de ser forte. Mas menina, tu foi criada pra ser guerreira! E fui. Mas não tô conseguindo mais. A garrafa de Moscatel sobre a janela e eu já nem me preocupava com o efeito entorpecente de álcool e analgésicos.

Sorria, pensei. Coloque na mente que tu é melhor que todos esses problemas. Pense e atraia, pense e atraia. Mas não deu. A dor da alma era tão grande que começa a dar sinais no físico. As costelas pareciam que tinham levado centenas de socos, a cabeça pesada, a pele opaca, sem ânimo, sem vida, os cabelos todos indo para o chão, por isso sempre amarrado, para não perceber o impacto de imediato.

Quando essas coisas começam a acontecer a gente só quer ficar quietinho, acaba que afastando as pessoas para que ninguém perceba a tristeza. Mas o silêncio é o grito mais poderoso da alma; " me ajude, eu quero viver", e ecoa em todo o ser. Mil coisas passam pela mente, de vontade de dormir para sempre até sumir no mundo em busca de si. Mas e a família? E os amigos (que amigos?)?.

Me falaram que era falta de amor, mas como curar desta forma sendo que o coração está fraco e não quer saber de adrenalina? Não esse tipo de adrenalina. Adrenalina boa é aquela que desafia a morte. Dessa eu gosto. Adoro ver a morte chegando perto e eu dou meu melhor sorriso. Hoje não, dama de preto. Hoje não.

O fato é que, nada se espera e nada se sente. Simplesmente já se esfriou, se entorpeceu. Nada se sente e nada se ouve. Nada se quer. Apenas o eco "me ajude, eu quero viver". O que fazer? Não sei. Gostaria de ter uma receita pronta, mas nada é tão simples.
E ninguém entende. Ninguém está disposto a te ajudar a te tirar desse buraco. Ninguém. Porque só sabe quem passa pela mesma situação.

Mais um cigarro, mais um gole de Moscatel. E tem gatos lá em baixo, fazendo arruaça. Ainda bem que os meus são bons meninos. E começou a esfriar, o vento tocando friamente meu corpo. Esqueci de me vestir quando vim para a poltrona. Suspiro.

Será?



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