quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Me perguntaram se eu acreditava em Deus, sendo tão do contra, e se sim, o porque. Passei o final de semana pensando, será que eu acredito por simples tradição religiosa ou por ter fé? Conversei com duas pessoas totalmente distintas, dois amigos queridos; um ateu e um adventista. 

Para quem não sabe, vou dar uma breve explicação sobre as duas pessoas. 

Falar sobre os adventistas é fácil, pois tive larga convivência com muitos deles. São os "guardadores do sábado", estudantes da bíblia, levam um estilo o mais natural possível, onde muitos são vegetarianos. Seguem a risca tudo que está nas escrituras sagradas, a Bíblia.

Os ateístas não creem em Deus, ou deuses, não creem em uma força superior e buscam suas respostas na ciência.

Tentei pensar como uma estudante da Bíblia, mas, mesmo eu sendo, pois realizo estudos semanais sobre ela, ainda encontro muitas incoerências e erros de traduções. Jesus ensinava por meio de metáforas e não tem como tudo ser levado ao pé da letra. E tem outro ponto que me deixa muito pensativa a respeito desse livro é que, quando, em Roma, foi decidido que o Cristianismo iria ser a religião dominante, foi retirado inúmeros livros, os quais são chamados de livros apócrifos, que o Vaticano os mantém secretamente guardados e poucos estudiosos tem acesso. Neles, há muitas informações valiosas, e se você duvida sobre a existência dos mesmo, pode dar uma pesquisada na internet mesmo.

Também tentei pensar como uma ateísta, mas para minha surpresa, a partir deste pensamento descobri minha fé. Eu não consigo imaginar um mundo ser feito assim, numa pequena explosão. E antes disso? A ciência sempre tem respostas, mas chega uma hora que não há como não pensar em uma força superior. Cheguei a conclusão de minha fé; acredito em Deus sim, mas não neste Deus que as religiões pintam.

Para mim, Deus é energia. Pois é onipotente e onipresente. Uma energia tão forte que foi capaz de formar o universo e não se cansa, não para, está em constante movimento.Deus é algo maior do que nossa compreensão. Mas não acredito que ele seja um ser que nem nós, aparência humana, e que decide quem vai ou não para o inferno. Deus, para mim, não tem explicação, pois ele vai além de tudo que conhecemos. Como diz no Livro dos Espíritos, de Allan Kardec: 


1. O que é Deus?
— Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas(1)
2. O que devemos entender por infinito?
— Aquilo que não tem começo nem fim; o desconhecido; todo o desconhecido é infinito(2).
3. Poderíamos dizer que Deus é o infinito?
— Definição incompleta. Pobreza da linguagem dos homens, insuficiente para definir as coisas que estão além de suas inteligência.
comentário de Kardec: Deus é infinito nas suas perfeições, mas o finito é uma abstração; dizer que Deus é o infinito é tomar o atributo de uma coisa por ela mesma, definir uma coisa ainda não conhecida, por outra que também não o é.

(1) As frases em itálico que seguem às perguntas são as respostas dadas pelos Espíritos.Suprimimos as aspas, por considerá-las desnecessárias. As notas e explicações de Kardec, intercaladas no texto, são compostas com fonte e tamanho diferentes, de maneira que não há possibilidade de confusão. (N. do T.)
(2) Os Espíritos se referem ao Universo. Tudo quanto nele conhecemos tem começo e tem fim; tudo quanto não conhecemos se perde no infinito. Aplicação da expressão francesa:passer du connu a I’inconnu. (N. do T.)

Minha conclusão é que Deus existe sim, mas ele vai tão além de nossa compreensão, que não sabemos defini-lo. Mas eu sinto, sim eu sinto a presença de Deus em cada coisa boa que me acontece.  Deus é energia, só sentimos se acreditarmos. Se Deus é um ser bondoso e de amor infinito, eu já não sei, mas todas as vezes que peço algo em oração, sou atendida. 

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